segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O começo do "Porque"?

Hoje meu filho está fazendo 2 anos e 7 meses, parabéns por mais um mês de vida do meu menininho, não mais bebê, apesar de algumas vezes eu o chamar assim ainda.
Já não usa mais fraldas (só para dormir), já fala, argumenta, discute, mas obedece bastante.
Tem muitos dias que são marcos, e ficamos muito orgulhosos dos nossos pequenos. Essas últimas semanas ele tem andado rumo a independência e de mostrar para si e para mim que ele pode e quer fazer as coisas sozinho. Final de semana passada, com esforço e gemidos ele colocou o chinelo no pé pela primeira vez. Na terceira vez já coloca super rápido. Já vai sozinho fazer xixi em pé. Só não consegue ainda sentar sozinho na privada, e eu estou pensando em que eu posso fazer para ajudá-lo nisso.
Neste sábado ele tirou a blusa totalmente sozinho pela primeira vez, como fiquei orgulhosa! Tirou já a segunda vez, mas a noite, para tirar a blusa antes de dormir não conseguiu, devia estar cansado. Mas tirou tênis, meia, bermuda e cueca sozinho. Essas coisas deixam ele muito feliz e eu também!!
Porém ontem ele fez algo pela primeira vez que me pegou de surpresa: Perguntou "porque?" Mas já? Será que ele já entrou nessa fase? Eu achava que demorava mais! Vou ter que tomar mais uma dose de paciência!
Como foi: Ahh estávamos indo embora do Aterro para ir jantar. Ele viu um cara vendendo balas e falou: Quero jujuba! Eu falei que não, porque ele ia jantar. Depois ele viu pipoca: quero!! Eu, de novo: não porque você vai jantar agora. Ele ficou todo aborrecido e perguntou: Porque? Eu: porque o que? Porque tenho que jantar? (sai dessa mamãe) respondi: porque é mais saudável, o papá te alimenta mais e faz você ficar mais forte do que comer pipoca.
Ele pelo jeito aceitou, porque logo se distraiu com outra coisa que não era guloseima.
Depois mais tarde perguntou outro porque, me mostrando que o porque veio para ficar, mas não me lembro mais sobre o que era.


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Árvore de Natal

Por ser judia, na minha casa nunca houve árvore de natal, mas também nunca houve Hanukia. O que fazia eu ficar com bastante inveja dos vizinhos com suas árvores e ceias natalinas. Quando fui morar sozinha resolvi colocar aquelas luzinhas na varanda, é legal mas enjoa rápido... Depois as luzinhas estragaram e eu nunca mais as usei, acabei jogando fora mesmo.
Ano passado meu filho era muito pequeno até mesmo para reparar em decoração de natal, e a do prédio já era o suficiente para ele, com suas luzes piscantes. Esse ano eu nem estava pensando em decoração de natal, mas estava empolgada em acender as velas de Hanuka. Então uma colega que tem um filho de 4 anos me falou que eu devia comprar uma árvore para o Thales, que ele ia adorar. Fiquei pensando nisso, e acabei topando com uma por R$ 15,00, de 1,20m. Bem bonitinha. Eu não queria bolas de vidro nem luzinhas, e estava ainda pensando como eu ia decorá-la.
Acabei chegando com ela na caixa e ele quis abrir o "presente", abrimos, a montamos e eu falei: falta enfeitar a árvore... Ele então me deu uns brinquedinhos dele falando: "coloca isso." boa idéia! Peguei umas estrelinhas coloridas de encaixar amarrei um barbante verde e ele foi colocando na árvore, fiz tiras de papel crepon e ele fez bolas que amarrei na árvore e ela ficou linda!! Ele ficou tão feliz e eu também!!
Foi realmente especial.
E, claro, acendemos as velas de Hanuka na varanda, com direito a reza e tudo mais.
Feliz Hanukristmas para todos!!!!

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

04/11/13

Mais um final de semana fun fun fun se passou. Foi ótimo, o Thales foi uma companhia agradável, não fez xixi nas calças, se comportou como um gentleman. Fomos numa exposição no CCBB chamada obsessão infinita de uma japonesa que é meio obcecada por bolinhas e bolonas e pelo forma fálica, tendo mesmo uma obra com espelhos que havia ambas as formas. Foi legal, o Thales gostou, ficou meio que esperando algo começar o tempo todo (tenho que levá-lo mais ao museu). A tarde fomos no teatro ver chapeuzinho, foi legal, bem simples, mas divertido. Encontramos no CCBB o Francisco, da escola dele, e foi um encontro o mais fofo, porque eles passaram um pelo outro, se olharam com uma cara de: conheço ele de algum lugar, e depois: ohhhhh é O Thales, ohhh é o Francisco, e ficaram brincando com uns adesivinhos da exposição. Sabado a noite eu saí sozinha e ele ficou com o pai dormindo em casa. Foi ótimo sair e pude fazer algo que não fazia a muuuiiito tempo. :-).
Bem, voltando ao assunto, no dia seguinte tinha uma festinha de aniversário e eu estava meeegaaa cansada, e como o Thales estava com o pai e brincando de comidinha ele não quis interromper a brincadeira e não quis sair para a festa, então eu não insisti e ficamos em casa. O pai dele depois foi embora e meu pai chegou e eles ficaram vendo desenhos na TV felizes da vida. Depois fomos todos passear na orla com o Aton e foi legal. Para compensar não termos ido na festinha eu comprei tudo que ele pediu: pipoca, tapioca e picolé. Ele adorou. :-) Assim fiquei com a consciência mais leve.
A noite estávamos ambos cansados e agitamos e a hora de dormir teve um pouco de lágrimas. Ahh esqueci de falar que no sábado o Bê chegou junto com Marcelo para entregar o quadro que o Thales ganhou, coloquei na sala e ficou bem legal.
Ahh mas vamos para o título de hoje, porque medo??
É o seguinte:
Hoje de manhã, eu estava apressando o Thales para comer e beber porque tínhamos que sair para a escola. Eu havia ligado o rádio e teve uma hora que eu estava ouvindo o "momento empresarial"que eu gosto. Nessa hora ele começou a falar não sei o que comigo e eu falei para ele esperar que eu estava ouvindo o moço do rádio. Deu um minuto e ele desligou o rádio (sorte que é curtinho o programa e já tinha quase acabado) e eu falei bem grosso para ele que não era para ter feito aquilo. Ele olhou bem nos meus olhos e falou:" Está na hora de ir para a escola!" no mesmo tom que eu estava falando com ele...
Eu não tive resposta - medo - desse rapazinho de dois anos e meio muito espertinho.

8 novembro 2013

A maior surpresa dessa semana, foi um dia desses, quando estávamos passando pela porta do metrô, que é giratória e gradeada. Sempre brincamos que eu não consigo girá-la e ele me ajuda. Eu eu sempre falo: "meu herói". Dessa vez fizemos o mesmo ritual, mas não falei nada. Ele falou: me chama de príncipe! E eu falei você me libertou, você é o meu príncipe. E ele: E vc é a princesa. Quer casa comigo princesa?
Eu fiquei surpresa porque não sabia que ele tinha o conhecimento da palavra casar.
Respondi: Sim, quero casar com você. E ele: onde vc trabalha? Eu: naquele prédio. (apontei um ao longe na direção da praia) e você? Ele: Eu trabalho em casa.
Bem, eu fiquei beeeem surpresa com esse nosso papo super cabeça.
Por hoje vai ser só isso, porque tenho que trabalhar.
P.S. O desfralde está andando, já não fez mais xixi na calça e, nessa semana, fez somente um coco na escola, na privada, mas em casa só na calça.
Hj briguei com ele porque derramou um copo com suco no chão, deve ter sido sem querer, não vi, mas fiquei braba do mesmo jeito. Ele fez o beicinho mais fofo do mundo. Tadinho. :( Detesto brigar com ele). Mas meu humor antes do café não é dos melhores e ele estava testando minha paciência.

27/11/2013

Nossa, já faz quase um mês desde a última vez que eu escrevi. Espero que eu consiga mesmo fazer uma rotina de escrever essas cartinhas para eu poder lê-las no futuro para o Thales. Tudo que eu começo e que depende só de mim eu acabo desistindo mais cedo ou mais tarde, uma pena mesmo. Mas tem certas coisas que a gente tem que aceitar e aprender a conviver, mas tem outras que temos que superar para nos fazer sentir melhor em relação a nós mesmos, e isso é algo que eu quero melhorar e ter mais determinação.
Com certeza nesses quase 20 dias muitas coisas aconteceram, o Thales me surpreendeu com suas colocações e espertezas.
O natal já está chegando e eu estou me lembrando que eu nunca tive uma árvore de natal e que essa era uma das minhas chateações na infância. Como eu já tenho, de habito, nunca fazer árvore de natal eu nem tinha pensado nisso nesse ano, até ir ontem nas americanas e ver as árvores.... Imaginei como o Thales vai gostar de ter uma árvore lá em casa e como nós não acendemos hanukia, não custa nada fazermos uma arvorezinha.
Voltando com as memórias: fui com o Thales assistir à bendita galinha pintadinha, ele amou, por ele podíamos voltar lá todos os fins de semana, por mim não. Aqueles personagens dançando no palco me deixaram bem nervosa e eu não tenho vontade de voltar. Mas valeu a pena ver como ele gostou e ficou falando disso até hoje.
Ele, é claro, tirou uma com a minha cara: ele estava falando e falando e eu mudei de assunto falando da escola. Era de manhã e eu falei para ele que quem ia buscá-lo aquele dia era a Luana, ele me perguntou: a mamãe vai trabalhar? Eu falei: sim. A mamãe vai em buscar na escola? E eu, já distraída com outros pensamentos: Sim. E ele: Eu tenho duas mamães? A Luana é mamãe? (tóinnnn para mim!) rsrsrs
Finalmente o desfralde está completo!! Ele já pede para número 1 e 2!!! Viva!!!! Estou muito feliz!! Fralda agora só para dormir. Mas acho que com 3 anos essa etapa vai ser superada tbm!!
Agora a nossa ida para a escola dele está bem mais legal!! Sempre vamos imaginando uma história e agora eu estou pegando outra rua mais tranquila para chegar perto da escola. Nessa rua dá para a gente correr, voar num dragão, virarmos águias e sermos lobo atras de porquinhos. Corremos de cobras e onças também. Até já nadamos igual peixes. bem divertido e rápido!!
Mensagem para o Thales: Filho, te amo muito, te olho e não acredito na sorte que tenho de te ter. Você é lindo e perfeito! Minha criança "dente de leão", vou cuidar muito bem de você, sempre!!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Rotina matinal

É claro que escreverei outros dias sobre essa mesma rotina, principalmente quando aparecer algo de novo.
Ontem transplantamos nosso pé de feijão que ficou enorme do mini-vazinho dele e colocamos numa floreira que era para servir de mini horta, mas não deu certo pq ou a gata come tudo ou caga e mija em tudo, então gatos+mini horta não dá certo.... Ela está comendo as folhas do feijão, eu até comprei para ela uma grama para gatos, vamos ver se ela se empolga com isso e larga as plantas.
Voltando à rotina. A manhã todos os dias são um pouco atribuladas, pois raramente eu saio na hora e estou com pressa e não posso ficar brigando com a criança para andar mais rápido e tenho que ter paciência e fazer brincadeiras que estimulem o andar/correr e, em último caso, carregar no colo. Mas quando saio na hora é uma delícia, fazemos todos os dias o mesmo caminho para a escola e ele adora ver as mesmas coisas e fazer as mesmas coisas.
Então vou descrever a rotina matinal perfeita, como ela é de vez em quando e deveria ser todos os dias:
Eu acordo linda e bela às 6:40, tomo meu café e preparo a vitamina do meu rebento. Se ele não se acordar sozinho, as 7:30 eu o acordo com vários beijos (quase nunca tenho coragem e é aí que a coisa se enrola) e ele, com dificuldade acorda, mas logo fica desperto e bem humorado. Ele toma a vitamina dele enquanto eu o troco de roupa e coloco para fazer xixi. Então nós saímos e andamos até o metrô, onde no caminho ele anda no murinho e fala das grafitagens (lobo, caracol, cobra, soldado, bruxa feia, olho) é quase um museu o caminho do metrô. Quando passa a roleta ele sempre quer que eu o pegue no colo para ele ver os trems de cima e poder dar tchau para eles.
Descemos a escada e esperamos o metrô, muitas vezes encontramos alguém conhecido.
Chegamos na estação e, para sair, tem que passar por uma porta giratória feita de bassas de ferro horizontais paralelas, eu sempre faço de conta que fiquei presa e ele sempre me ajuda a sair se tornando meu herói e principe.
Subindo a escada ele sempre comenta sobre as sugeiras: chiclete grudado no chão, besouro morto, sujeiras não identificadas etc.
Sempre que andamos para a escola, passamos por dois cachorrinhos brancos que latem para ele e nós rimos e damos bom dia para eles, depois passamos por duas árvores que eu falo que é a floresta e procuramos girafas e elefantes atras delas, depois entramos numa rua muito suja, onde ele comenta sobre os eternos riozinhos pretos e sujos que tem no meio fio e são os rios de baratas e bactérias poluídos. Ele procura no chão por coco de cachorro e baratas esmagadas (que sempre fazem eu ter uma reação de puro nojo) e passamos por um poodle com cara de porco que damos bom dia para ele e pela gatinha Miloca que mora numa marcenaria (madeira), ela sempre ganha afagos.
Finalmente chegamos no portão da escola que, se estiver fechado, ele toca a campaínha. A tia vem abrir e ele entra em mandando beijos com a mão.
Depois venho para o trabalho. E agora eu vou parar por aqui e amanhã conto como é depois que chego do trabalho.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Risos muitos risos

Aprendemos muito com as crianças, principalmente com a forma leve delas de ver a vida. De dar uma importância enorme para algo que achamos insignificante e logo esquecer coisas que achamos que nós, por outro lado, demoramos mais para esquecer. Por exemplo. Eu raramente dou doces para meu filho, eu acho que não tem necessidade o açucar fazer parte do nosso dia a dia, é algo que faz mal em todos os aspectos, mas como é muito bom, pode ser guardado para ocasiões especiais. Ele ama picolé e, quando eu resolvo espontaneamente, sem ele me pedir, comprar um picolé na rua para ele, ele age como se tivesse ganhado na loteria, é muito engraçado e fofo. Agora tem vezes que ele cai e rala o joelho e nem chora.
Nós, adultos, temos que sempre nos lembrar desses ensinamentos e dar mais importância e relevância para as coisas mais em detrimento das ruins, não vale a pena.
Ontem foi muito engraçado, na hora de escovar os dentes, o pode de pasta de dente caiu no meu pé e lá ficou, eu tentei recuperá-lo levantando meu pé bem devagar e pegar com a mão, mas não deu certo e ele caiu no chão provocando um "opa!" em mim. Meu filho que estava vendo isso achou a cena a coisa mais engraçada da face da Terra e teve um ataque de riso, rsrsrsrs.
Hoje de manhã tivemos um momento solene. Acordei e a minha gata estava brincando com uma libélula morta, não sei como ela veio parar no meu apartamento no oitavo andar e se foi a gata que matou. Quando meu menino acordou eu avisei a ele do que eu tinha vista, para ele tomar cuidado e não pisar nela sem querer. Ele me falou: vou procurar a libélula. E voltou falando: mãe, ela não está morta, ela é de brinquedo. E na mão dele tinha uma libélula de borracha de brinquedo. Rsrsrsr Eu devo ter rido. Ele perguntou: a gata estava brincando com essa libélula? Eu falei: "não, é outra, vou procurar com você." Achamos a dita cuja no chão da sala, e a examinamos atentamente, eu chamei atenção para as asas e patas. Deixei na mesinha dele para ele ficar olhando e fiquei ouvindo ele falar: "toquei nela!"
Depois nós a enterramos (falei que era isso que se fazia quando algo morre) e eu falei: "que a libélula descanse em paz" e ele: ela está bocejando? (imagino que a palavra descanse deve ter levado ele para a palavra cansado).

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tipos de educação

Eu sempre gostei muito de ler sobre psicologia infantil e de ver programas relacionados, muito antes de ser mãe já me interessava pelo tema maternidade.
Eu adoro assistir supper nany (inglesa) eu acho ela fantástica e muito inteligente. E sempre mostra que o problema está nos pais e não nos filhos, por diversos motivos.
Tenho lido muito ultimamente sobre educação positiva e também pedagogia montessoriana e waldorf. As três tem suas semelhanças e diferenças, mas eu sei que a maioria das mães que tentam seguir essa pedagogia ficam horrorizadas com o "cantinho do castigo" tão utilizado pela supernanny.
Eu também sou adepta a essas pedagogias que respeitam a criança e priorizam a conversa em detrimento do castigo ou punição física.
Porém, o que nenhuma mãe posta nessas páginas pedagógicas é que tem dias que você está cansada, com TPM, mal humorada e sem paciência. O seu filho provavelmente estará num humor um pouco parecido com o seu, pois eles refletem muito a gente. E é aí que acontecem as brigas. Uma birra, um tapa, vai tirar a mãe do sério e é aí que o tal "cantinho" é tão importante para que ambos se acalmem e possam conversar, senão gritos e tapas virão inevitavelmente. E quem falar que nunca aconteceu isso, sinto muito, mas eu não acredito, você que fala isso pode acreditar que é verdade, mas não porque isso nunca aconteceu, mas porque você esqueceu mesmo. É a natureza agindo...

Emoções de mãe

São muitos os momentos que sentimos emoção e orgulho do nosso filho, momentos que vemos que aquela pessoinha está crescendo. Quando falam mamãe, mamãezinha, mamãe eu te amo, mamãe eu te amo de mais, mamãe eu te amo de verdade, mamãe dorme aqui no meu ombrinho, etc São momentos lindos e que te pegam de surpresa.
Mas ontem eu me emocionei com algo que eu não esperava: o primeiro cocô na privada! Foi na casa de uma amigo, ele pediu para fazer cocô e fez! Eu fiquei tão feliz que queria chorar, pode isso?
Depois de beijos e abraços de parabéns eu perguntei para ele: o que a mamãe falou que ia te dar se vc fizesse cocô na patente? E ele: chocolate! me dá o chocolate! (eu tinha um na mochila esperando por esse momento).
Esses dias eu contei algo para alguém que achou tão engraçado e falou para eu anotar, o que era... eu me lembrei desse blog... Era algo que eu não achei tão incrível mas a pessoa achou...
Poxa, não me lembro... Bem, se eu me lembrar escrevo na próxima cartinha.
Vou falar outra coisa: Esse final de semana ele dormiu na casa do pai de sabado para domingo, totalizando exatas 24 horas que ficou lá. Ele se divertiu e dormiu a noite toda. Voltou bem, mas cansado, elétrico e um pouco rebelde. Teve ataque de choro a noite, me bateu (coisa que ele nunca faz) e ficou te castigo. De noite me acordou milhares de vezes (4) e acordou de manhã chorando sem parar e tive que faltar a manhã o trabalho para ficar com ele, que dormiu um pouco. Agora a babá me falou que ele está com um pouco de febre, vou para casa ficar com meu bebê! Pelo jeito não é fácil para ele ficar lá, vamos ter que conversar para descobrir o que fazer, acho que se ele comprar coisinhas para ficar lá que vão ser coisas dele vai ajudar ele a se sentir mais segura lá.
Vamos pensando...

Diariamente...

No momento estou trabalhando, mas por escolha própria, eu decidi sair do meu antigo emprego (onde a minha maior motivação era salário e colegas) e cair de cabeça na profissão mãe. Muito mais trabalhosa que o meu antigo emprego e, infelizmente, não remunerado, a não ser que contemos sorrisos, beijos, primeiros passos, primeiras palavras, primeira vez que sentou, que rolou, que engatinhou como remuneração, o que é incontestável. Apertamos o cinto em casa, mas encarei que o que eu não estava gastando com creche servia como consolo monetário, ataquei minhas magras economias e cai de cabeça. Foi ótimo, nunca senti um pingo de arrependimento e, é claro que voltar para o mercado de trabalho não está sendo fácil em todos os aspectos. Não ver mais meu filhote na maior parte do dia, não saber o que ele está fazendo nesse momento, e também conseguir o emprego que mais me agrada e que eu agrade o emprego também não é tão fácil. :-)
Agora eu o vejo de manhã, quando eu o arrumo e levo para a escola, não é fácil, me demanda uma bela dose de paciência e eu estou querendo muito ver se consigo arrumar outra maneira de faze-lo, ir para o trabalho de bike e alternar com outra pessoa para levá-lo para a escola ia ser ótimo. Vou tentar...
Colocar roupa é sempre um pouco trabalhoso, porque ele quer ficar em casa comigo e não quer ir para a escola, conversando e distraindo venço essa etapa, depois fazer xixi, depois tomar café que é sempre difícil também pois ele nunca quer nada de primeira (a não ser que eu fique doida e comece a dar chocolates e balas de café rsrsrs), mas no final ele bebe e come grande parte do que é oferecido. Depois descemos e andamos até o metrô, onde tem o ritual diário de andar em cima do murinho, e conversar com os grafites do muro, damos bom dia para o galo do metrô, vemos o trem partir do alto, damos tchau e entramos no próximo, depois de descermos as escadas. O caminho até a escola é mais complexo, pois envolve duas quadras e calçada estreita, movimentada e suja, falamos com os cachorros e gatos do caminho, cuidamos para não pisar em cocôs e baratas no chão, damos bom dia para os moto-taxis e finalmente chegamos no portão da escola onde nos despedimos calorosamente! UFA!
Agora vou embora para casa para encontrar meu príncipe!

Pérolas

Essa idade que ele está, 2 anos e 5 meses, é uma delícia, já domina a linga e fala as coisas mais fofas.
'Mamãe, eu te amo" já virou um clássico. :-)
Ele está a duas semanas sem usar fraldas, já não faz mais xixi nas calças, já pede para ir ao banheiro, mas nada ainda de cocô na privada ou penico. Só na fralda ou cueca.
Eu tenho conversado muito com ele sobre isso e recebo de feedback muito humor e observações espirituosas.
Quando eu falo que tem que fazer o cocô na privada e pergunto para ele: onde tem que fazer cocô? ele responde: na privada! - E aí continua: posso fazer na calça? Eu - Não! ele - posso fazer no teu cabelo? Eu: NÃO! Posso fazer no teu nariz? Eu: Não!! Ele (gargalhando) - posso fazer na tua boca? Eu (cara de nojo): Pelamordedeus não!!! rsrsrsrsr
Esses dias, depois de dois dias sem fazer o numero 2 eu estava falando que o cocô estava preso na barriga dele querendo sair, ir para a privada, ser feliz e livre.
Ele: O cocô esta na barriga? Quem é a mamãe do cocô? (Posso com isso?)
minha resposta: .... (silêncio absoluto).

Outra:
Sentado na privada, examinando suas partes íntimas e apontando para o saquinho:
Mamãe, isso é a cauda do meu peru.

Outra:
Relatando a guarda da bandeira pelos bombeiros:
A bandeira desceu pelo corrimão e foi dobrada pelos bombeiros.


Postando memórias

Na minha vida toda eu tinha uma certeza, ia ser mãe. o tempo foi passando e eu só fazia estágio de mãe com meu irmão, meus primos, filhos de amigas, mas nada de ser mãe por tempo integral. Somente com 35 anos que eu consegui realizar a minha realidade, fui mãe. E é a história desse meu menino lindo, inteligente sensível que quero relatar aqui, na esperança que eu ainda tenha acesso a essas informações depois de muitos anos, porque eu queria mesmo era escrever um diário em papel, muito mais seguro, mas como não tenho feito isso e ele já nasce a dois anos e meio (!), vou tentar via eletrônico mesmo, escrevendo meia horinha por dia.
Vou escrever um diário e, quando tiver inspiração escrevo coisinhas mais antigas, que eu ainda me lembre, porque a natura, na sua infinita sabedoria, faz as mães com memória muito curta, para esquecermos o cansaço, o sono, a irritação e assim, termos vontade de colocar mais um serzinho no mundo.
Ontem foi segunda feira e eu ainda estou me recuperando de um final de semana intenso, com aniversário do meu primo (14 anos), dia das crianças, aniversário da Nina pela manhã de domingo e aniversário do Francisco de tarde. E ontem depois do trabalho fui na minha vó, onde o Thales já se encontrava lá com meu pai e meu tio que havia recém chegado de Israel. Meu irmão chegou no sábado, mas não estava lá.
Hoje é dia dos professores, e por isso não teve aula nem hj nem ontem. Por isso ele está com meu pai e a babá, de tarde provavelmente vai ficar com a tia em copacabana, bastante agitação, vamos ver no que isso vai dar, provavelmente muito mal humor vai vir por ai proveniente do cansaço e falta da rotina.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Filme: O Renascimento do Parto

Não posso deixar de escrever algo sobre esse impressionante documentário que eu vi ontem no cinema. Fazia séculos que eu não ia no cinema, mas, documentário sobre parto e brasileiro, eu quis prestigiar e também ver para poder recomendar.
Dura 1:30h e esse foi o tempo que fiquei chorando, saí de lá e não sabia o que fazer da minha vida, fiquei na livraria fazendo hora para me recompor, foi duro ver e ouvir os comentários dos profissionais sobre a dura realidade dos partos no Brasil. Dá muita pena dos bebezinhos, estavam felizes na barriga da mamãe deles e de repente, são tirados de lá, sem aviso prévio, de forma abrupta e violenta, se vêem na luz ofuscante e no frio, choram um choro e desespero. Muito triste essas cesárias programadas. E a mãe? É mera coadjuvante, não participa, não vê, não toca no seu bebê. Mal o vê. Ele é levado sozinho, pelado, com frio, para longe dela, sua primeira impressão da vida é tão terrificante, só em escrever isso já fico com vontade de chorar de novo. E a mãe fica lá, sendo costurada, confusa da anestesia, sozinha também...
E aqui no Brasil todos acham essa situação normal, (o que fazer?), que devemos ficar feliz porque o neném nasceu com saúde. Será? Milhares de bebês nascem desnecessariamente prematuros, antes de estarem prontos, enfrentam problemas respiratórios, encubadoras, mais solidão, mais carência, mais longe do amor....
E os partos naturais, que direfença... Que lindo... A participação ativa da mãe e do pai, as conversas entre as contrações, a dor (que faz parte da vida, não podemos fugir disso e a dor emocional é pior que a física), caminhadas, e finalmente o parto, ver seu filho saindo de você e vindo direto para teus braços, olhar no olho dele, sentí-lo pela primeira vez, pele com pele, ver a beleza da natureza quando ele tenta dar a primeira mamada. A 10 segundos atras ele estava se alimentando pelo cordão, e á sabe mamar. Acalmá-lo e assegurar a ele que a vida é linda, tem seus problemas, mas ele vai conseguir superá-los porque você mãe, está ali para ampará-lo e vocês ainda são um só, não precisa ter medo.
Recomendo para todas as grávidas assistirem, na verdade isso é um apelo que faço:
Grávidas!! Aproveitem essa oportunidade e vão ver esse lindo documentário sobre os diversos tipos de partos e soluções que podem ser dadas para o Brasil que beneficie os bebês e os médicos. Veja pelo seu filho!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Dia a dia

Ele é tão lindo, parece um querubim. Tem tamanho e rosto de neném mas já fala. Olha para mim e fala com a vozinha mais doce "eu te amo". Ele adora a reação que isso dá em mim. Abraços, beijos e um "eu também te amo". Ontem ele me falou sua conclusão: "Eu te amo é legal". Muito inteligente esse meu menininho de 2 anos e 4 meses, sedento por conhecimento.
Ontem e anteontem foi Rosh a Shaná, o ano novo judeu e eu o levei os dois dias seguidos para a sinagoga, teve atividade para criança (música desafinada e doces), mas reza estava linda, o Hazan cantava muito bem e tinha até instrumentos clássicos, gostei mesmo. Eu falei para ele que quem estava cantando e falando era um rabino, ele primeiro achou que era "rabinho" e eu faleu: "nããão é ra-bi-no ele está ali rezando, ou sei falando com Deus, o papai do céu." Ele não falou nada. Horas depois, já em casa, ele me pergunta: "Cadê o papai Deus?"

Voltando ao que eu estava falando no início, ele é tão lindo e tão adorável que, quando eu dei por conta eu estava emaranhada na sua teia de fofura e fazendo quase todas as suas vontades e me deixando ser mandada por uma autoridade de general. Aquilo que vemos as crianças fazerem com as mães ele estava querendo e conseguindo fazer comigo! Percebeu que quando ultrapassava  limite que estava ficando cada vez mais largo, era só soltar um "eu te amo" que tudo ficava bem de novo.

Ontem, de repente, entre uma ordem e outra, percebi a cilada que aquele ser pequeno, angelical e lindo estava me fazendo cair. Primeiro perdi a paciência, gritei (ganhei um Eu te amo) depois consegui me segurar, mas ele percebeu.

Hoje de manhã tive uma conversa com ele, falei que quem manda é a mamãe, que não pode gritar comigo e tem  que me obedecer. Se eu falo uma vez, tem que respeitar sem brigar. Vai dar certo, depende de mim.

Como diz a frase:  Filhos, se está achando fácil é porque não está educando.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Início

Quanto é o início da maternidade? Quando nos descobrimos grávidas? Quando você vê o rostinho deles pela primeira vez? Quando você sente um misto de amor e medo ao olhar para aquele serzinho tão pequeninho totalmente dependente de você?


Eu me sinto mãe desde criança, quando cuidava das minhas bonecas, me preocupava com a roupa delas, limpeza e humor, sim, eu tinha que dar atenção para elas não ficarem tristes. Ainda tenho algumas aqui em casa e me lembro do nome de todas ainda. Sinto falta do Eduardo, meu boneco preferido, todo de plástico mas com o tamanho perfeito para caber nas minhas antigas roupinhas de bebê. Mas o Eduardo foi destruído pelo meu irmão mais novo, muito triste.

Depois fui "irmãe" do meu irmão, 8 anos mais novo do que eu, trabalho duro e pouco reconhecido que exerci até ele fazer 17 anos e já estava bem grandinho.

Fui "mãe emprestada" de muitas crianças, sempre gostei de cuidar, trocar fraldas, fazer dormir, carregar no colo.

Hoje tenho meu próprio filho, sou mãe integralmente, realizei o meu grande sonho. Tudo foi perfeito, parto perfeito, o filho saudável e perfeito, mas como as imperfeições fazem parte da vida não tenho o que se podia chamar de família perfeita, pois só sou eu e ele, mas muito felizes assim.







Esses bebês...

Quando temos filho muitos conceitos mudam e acabamos por ver as outras mães de uma maneira muito direferente de antes. Vi um livro uma vez chamado: "Eu era uma ótima mãe antes de ter filhos" e essa frase é muito correta. Porque só entendemos os gritos, as olheiras, o olhar cansado e desanimado quando somos mães.
Sim, os primeiros três meses do bebê é super difícil, o primeiro mês demora quase um ano para passar, pois os dias são longos, as noites também, você descobre que o caminhão de lixo passa todas as quartas e sábado as 2 da manhã na tua rua e que quando o sol nasce reflete no prédio da frente e é tão lindo... Amamentar é um pesadelo, ou o peito está em frangalhos e dói de ver estrelas na hora ou o bebê não suga como deve ser e fica com fome chorando e chorando.
Mas quando finalmente, lá pelos 2 meses finalmente amamentar começa a ficar bom, vem as cólicas, que é o nome genérico que deram para : gases, fome, azia, frustação, e sei lá qual outro sentimento que faz com  que o bebê não consiga cair no sono profundo da noite. É algo que só ocorre a noite e faz o bebê não conseguir dormir e por isso ele chora. Você fica tão cansada que nem acredita. Eu li tudo sobre isso em livros e internet e vou falar para vocês o que funcionou para mim: balançar o bebê, simulando passos, tentar fazer com que ele volte a ter o sentimento que está de volta no útero. Manter ele apertadinho numa manta ou sling, balançar para cima e para baixo, deixar a cabecinha dele mais soltinha para balançar tbm, e fazer shshshs shshsh shshs. Isso foi milagroso!!! Ele começou a dormir a noite toda, ahh e eu o colocava de bruços o que ajudou também. E não existe bebê de 1 a 3 meses mimado!! Você pode fazer o que você quiser: ficar com ele no colo o dia inteiro, no peito o dia inteiro, se você quer e pode faça. Mas depois de três meses tem que começar a tirar essas coisas. Ahh e a rotina, sempre a rotina, por toda a infância do teu filho, uma rotina vai operar milagres.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Parto

Hoje ele está com dois anos, mas vou me lembrar do dia do parto como se fosse ontem pelo resto da minha vida. Momentos assim vão para um compartimento especial do nosso cérebro. Foi tudo como eu havia planejado, eu estava calma e feliz, a maternidade que eu queria, a obstetra, tudo.  A bolsa estourou de manhã e eu não tinha contração, fui na médica e estava com uma pequena dilatação causada pelo nenem que estava empurrando para baixo tipo que tentando nascer sozinho, eu estava com 39 semanas. Na maternidade nada de contração, oxitocina na veia e... voilá as contrações. Me lembraram aquelas dores de piririri mas ampliadas em... 10 vezes... nada que agachamentos, respirações e massagens não aliviassem. duas horas depois eu já estava pronta para a sala de parto natural que havia acabado de ser liberada,ele nasceu 15 minutos depois que cheguei na sala, quase não esperou pela obstetra. O pediatra teve que ser pescado em outra sala porque a minha não tinha chegado e o meu bebê tinha muita pressa para nascer, mas ele foi ótimo e tive a sorte de ser o chefe da pediatria da maternidade. Nasceu tão bem que ganhou apgar 9/10. Como não tinha pediatra na hora que ele nasceu, eles o colocaram com cordão e tudo na minha barriga, eu queria ver a carinha dele mas não deixaram para não puxar o cordão, foi perfeito porque eu havia lido que é bom deixar o bebê uns minutos com o cordão para o sistema dele se acostumar melhor com o mundo aqui fora. O pediatra chegou, papai cortou o cordão e logo colocou ele para mamar, para ativar o instinto. Quando pegaram ele para pesar, medir, eu só falava na pulseirinha, tinha pavor de trocarem meu filho, tiveram que me mostrar bem as duas pulseirinhas, como eram presas, como tirava (só cortando) e o que estava escrito. Levaram ele e me deixaram toda feliz na sala de parto, eu queria cantar e falar com todo mundo.
Demoraram meia hora para me levar de novo para o quarto, e depois de uns 20 minutos trouxeram ele todo arrumadinho, dentro de um origami de manta (nunca consegui fazer igual) para mamar. Ele era tão lindo!! Nem parecia de parto normal, eu achei que ele ia nascer com o nariz achato e sei lá, a cabeça pontuda, porque ele estava encaixado a uns 2 meses, mas não, a cabeça redondinha, o nariz meio achatadinho mas lindo. Quando foi mamar quase arrancou meu mamilo fora e eu me lembrei da sábia frase de uma amiga quando a bebê dela tinha uns 3 meses: sabe aquilo que falam que amamentar é lindo e mágico? MENTIRA! kkkk


Olha, no primeiro mês foi um horror mesmo, eu via estrelas, a hora de dar mamar era uma hora em que eu me preparava para uma dor extrema, preferia ter outro parto natural sem anestesia do que amamentar de novo. Mas pomadinhas, a bendita concha de proteção e, principalmente o youtube com vídeos mostrando como saber se a "pega" está certa que me ajudaram a passar por essa fase e aí sim, depois de um longo mês a amamentação se tornar aquele momento mágico entre mãe e filho.