segunda-feira, 27 de maio de 2013

Parto

Hoje ele está com dois anos, mas vou me lembrar do dia do parto como se fosse ontem pelo resto da minha vida. Momentos assim vão para um compartimento especial do nosso cérebro. Foi tudo como eu havia planejado, eu estava calma e feliz, a maternidade que eu queria, a obstetra, tudo.  A bolsa estourou de manhã e eu não tinha contração, fui na médica e estava com uma pequena dilatação causada pelo nenem que estava empurrando para baixo tipo que tentando nascer sozinho, eu estava com 39 semanas. Na maternidade nada de contração, oxitocina na veia e... voilá as contrações. Me lembraram aquelas dores de piririri mas ampliadas em... 10 vezes... nada que agachamentos, respirações e massagens não aliviassem. duas horas depois eu já estava pronta para a sala de parto natural que havia acabado de ser liberada,ele nasceu 15 minutos depois que cheguei na sala, quase não esperou pela obstetra. O pediatra teve que ser pescado em outra sala porque a minha não tinha chegado e o meu bebê tinha muita pressa para nascer, mas ele foi ótimo e tive a sorte de ser o chefe da pediatria da maternidade. Nasceu tão bem que ganhou apgar 9/10. Como não tinha pediatra na hora que ele nasceu, eles o colocaram com cordão e tudo na minha barriga, eu queria ver a carinha dele mas não deixaram para não puxar o cordão, foi perfeito porque eu havia lido que é bom deixar o bebê uns minutos com o cordão para o sistema dele se acostumar melhor com o mundo aqui fora. O pediatra chegou, papai cortou o cordão e logo colocou ele para mamar, para ativar o instinto. Quando pegaram ele para pesar, medir, eu só falava na pulseirinha, tinha pavor de trocarem meu filho, tiveram que me mostrar bem as duas pulseirinhas, como eram presas, como tirava (só cortando) e o que estava escrito. Levaram ele e me deixaram toda feliz na sala de parto, eu queria cantar e falar com todo mundo.
Demoraram meia hora para me levar de novo para o quarto, e depois de uns 20 minutos trouxeram ele todo arrumadinho, dentro de um origami de manta (nunca consegui fazer igual) para mamar. Ele era tão lindo!! Nem parecia de parto normal, eu achei que ele ia nascer com o nariz achato e sei lá, a cabeça pontuda, porque ele estava encaixado a uns 2 meses, mas não, a cabeça redondinha, o nariz meio achatadinho mas lindo. Quando foi mamar quase arrancou meu mamilo fora e eu me lembrei da sábia frase de uma amiga quando a bebê dela tinha uns 3 meses: sabe aquilo que falam que amamentar é lindo e mágico? MENTIRA! kkkk


Olha, no primeiro mês foi um horror mesmo, eu via estrelas, a hora de dar mamar era uma hora em que eu me preparava para uma dor extrema, preferia ter outro parto natural sem anestesia do que amamentar de novo. Mas pomadinhas, a bendita concha de proteção e, principalmente o youtube com vídeos mostrando como saber se a "pega" está certa que me ajudaram a passar por essa fase e aí sim, depois de um longo mês a amamentação se tornar aquele momento mágico entre mãe e filho.