quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Rotina matinal

É claro que escreverei outros dias sobre essa mesma rotina, principalmente quando aparecer algo de novo.
Ontem transplantamos nosso pé de feijão que ficou enorme do mini-vazinho dele e colocamos numa floreira que era para servir de mini horta, mas não deu certo pq ou a gata come tudo ou caga e mija em tudo, então gatos+mini horta não dá certo.... Ela está comendo as folhas do feijão, eu até comprei para ela uma grama para gatos, vamos ver se ela se empolga com isso e larga as plantas.
Voltando à rotina. A manhã todos os dias são um pouco atribuladas, pois raramente eu saio na hora e estou com pressa e não posso ficar brigando com a criança para andar mais rápido e tenho que ter paciência e fazer brincadeiras que estimulem o andar/correr e, em último caso, carregar no colo. Mas quando saio na hora é uma delícia, fazemos todos os dias o mesmo caminho para a escola e ele adora ver as mesmas coisas e fazer as mesmas coisas.
Então vou descrever a rotina matinal perfeita, como ela é de vez em quando e deveria ser todos os dias:
Eu acordo linda e bela às 6:40, tomo meu café e preparo a vitamina do meu rebento. Se ele não se acordar sozinho, as 7:30 eu o acordo com vários beijos (quase nunca tenho coragem e é aí que a coisa se enrola) e ele, com dificuldade acorda, mas logo fica desperto e bem humorado. Ele toma a vitamina dele enquanto eu o troco de roupa e coloco para fazer xixi. Então nós saímos e andamos até o metrô, onde no caminho ele anda no murinho e fala das grafitagens (lobo, caracol, cobra, soldado, bruxa feia, olho) é quase um museu o caminho do metrô. Quando passa a roleta ele sempre quer que eu o pegue no colo para ele ver os trems de cima e poder dar tchau para eles.
Descemos a escada e esperamos o metrô, muitas vezes encontramos alguém conhecido.
Chegamos na estação e, para sair, tem que passar por uma porta giratória feita de bassas de ferro horizontais paralelas, eu sempre faço de conta que fiquei presa e ele sempre me ajuda a sair se tornando meu herói e principe.
Subindo a escada ele sempre comenta sobre as sugeiras: chiclete grudado no chão, besouro morto, sujeiras não identificadas etc.
Sempre que andamos para a escola, passamos por dois cachorrinhos brancos que latem para ele e nós rimos e damos bom dia para eles, depois passamos por duas árvores que eu falo que é a floresta e procuramos girafas e elefantes atras delas, depois entramos numa rua muito suja, onde ele comenta sobre os eternos riozinhos pretos e sujos que tem no meio fio e são os rios de baratas e bactérias poluídos. Ele procura no chão por coco de cachorro e baratas esmagadas (que sempre fazem eu ter uma reação de puro nojo) e passamos por um poodle com cara de porco que damos bom dia para ele e pela gatinha Miloca que mora numa marcenaria (madeira), ela sempre ganha afagos.
Finalmente chegamos no portão da escola que, se estiver fechado, ele toca a campaínha. A tia vem abrir e ele entra em mandando beijos com a mão.
Depois venho para o trabalho. E agora eu vou parar por aqui e amanhã conto como é depois que chego do trabalho.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Risos muitos risos

Aprendemos muito com as crianças, principalmente com a forma leve delas de ver a vida. De dar uma importância enorme para algo que achamos insignificante e logo esquecer coisas que achamos que nós, por outro lado, demoramos mais para esquecer. Por exemplo. Eu raramente dou doces para meu filho, eu acho que não tem necessidade o açucar fazer parte do nosso dia a dia, é algo que faz mal em todos os aspectos, mas como é muito bom, pode ser guardado para ocasiões especiais. Ele ama picolé e, quando eu resolvo espontaneamente, sem ele me pedir, comprar um picolé na rua para ele, ele age como se tivesse ganhado na loteria, é muito engraçado e fofo. Agora tem vezes que ele cai e rala o joelho e nem chora.
Nós, adultos, temos que sempre nos lembrar desses ensinamentos e dar mais importância e relevância para as coisas mais em detrimento das ruins, não vale a pena.
Ontem foi muito engraçado, na hora de escovar os dentes, o pode de pasta de dente caiu no meu pé e lá ficou, eu tentei recuperá-lo levantando meu pé bem devagar e pegar com a mão, mas não deu certo e ele caiu no chão provocando um "opa!" em mim. Meu filho que estava vendo isso achou a cena a coisa mais engraçada da face da Terra e teve um ataque de riso, rsrsrsrs.
Hoje de manhã tivemos um momento solene. Acordei e a minha gata estava brincando com uma libélula morta, não sei como ela veio parar no meu apartamento no oitavo andar e se foi a gata que matou. Quando meu menino acordou eu avisei a ele do que eu tinha vista, para ele tomar cuidado e não pisar nela sem querer. Ele me falou: vou procurar a libélula. E voltou falando: mãe, ela não está morta, ela é de brinquedo. E na mão dele tinha uma libélula de borracha de brinquedo. Rsrsrsr Eu devo ter rido. Ele perguntou: a gata estava brincando com essa libélula? Eu falei: "não, é outra, vou procurar com você." Achamos a dita cuja no chão da sala, e a examinamos atentamente, eu chamei atenção para as asas e patas. Deixei na mesinha dele para ele ficar olhando e fiquei ouvindo ele falar: "toquei nela!"
Depois nós a enterramos (falei que era isso que se fazia quando algo morre) e eu falei: "que a libélula descanse em paz" e ele: ela está bocejando? (imagino que a palavra descanse deve ter levado ele para a palavra cansado).

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tipos de educação

Eu sempre gostei muito de ler sobre psicologia infantil e de ver programas relacionados, muito antes de ser mãe já me interessava pelo tema maternidade.
Eu adoro assistir supper nany (inglesa) eu acho ela fantástica e muito inteligente. E sempre mostra que o problema está nos pais e não nos filhos, por diversos motivos.
Tenho lido muito ultimamente sobre educação positiva e também pedagogia montessoriana e waldorf. As três tem suas semelhanças e diferenças, mas eu sei que a maioria das mães que tentam seguir essa pedagogia ficam horrorizadas com o "cantinho do castigo" tão utilizado pela supernanny.
Eu também sou adepta a essas pedagogias que respeitam a criança e priorizam a conversa em detrimento do castigo ou punição física.
Porém, o que nenhuma mãe posta nessas páginas pedagógicas é que tem dias que você está cansada, com TPM, mal humorada e sem paciência. O seu filho provavelmente estará num humor um pouco parecido com o seu, pois eles refletem muito a gente. E é aí que acontecem as brigas. Uma birra, um tapa, vai tirar a mãe do sério e é aí que o tal "cantinho" é tão importante para que ambos se acalmem e possam conversar, senão gritos e tapas virão inevitavelmente. E quem falar que nunca aconteceu isso, sinto muito, mas eu não acredito, você que fala isso pode acreditar que é verdade, mas não porque isso nunca aconteceu, mas porque você esqueceu mesmo. É a natureza agindo...

Emoções de mãe

São muitos os momentos que sentimos emoção e orgulho do nosso filho, momentos que vemos que aquela pessoinha está crescendo. Quando falam mamãe, mamãezinha, mamãe eu te amo, mamãe eu te amo de mais, mamãe eu te amo de verdade, mamãe dorme aqui no meu ombrinho, etc São momentos lindos e que te pegam de surpresa.
Mas ontem eu me emocionei com algo que eu não esperava: o primeiro cocô na privada! Foi na casa de uma amigo, ele pediu para fazer cocô e fez! Eu fiquei tão feliz que queria chorar, pode isso?
Depois de beijos e abraços de parabéns eu perguntei para ele: o que a mamãe falou que ia te dar se vc fizesse cocô na patente? E ele: chocolate! me dá o chocolate! (eu tinha um na mochila esperando por esse momento).
Esses dias eu contei algo para alguém que achou tão engraçado e falou para eu anotar, o que era... eu me lembrei desse blog... Era algo que eu não achei tão incrível mas a pessoa achou...
Poxa, não me lembro... Bem, se eu me lembrar escrevo na próxima cartinha.
Vou falar outra coisa: Esse final de semana ele dormiu na casa do pai de sabado para domingo, totalizando exatas 24 horas que ficou lá. Ele se divertiu e dormiu a noite toda. Voltou bem, mas cansado, elétrico e um pouco rebelde. Teve ataque de choro a noite, me bateu (coisa que ele nunca faz) e ficou te castigo. De noite me acordou milhares de vezes (4) e acordou de manhã chorando sem parar e tive que faltar a manhã o trabalho para ficar com ele, que dormiu um pouco. Agora a babá me falou que ele está com um pouco de febre, vou para casa ficar com meu bebê! Pelo jeito não é fácil para ele ficar lá, vamos ter que conversar para descobrir o que fazer, acho que se ele comprar coisinhas para ficar lá que vão ser coisas dele vai ajudar ele a se sentir mais segura lá.
Vamos pensando...

Diariamente...

No momento estou trabalhando, mas por escolha própria, eu decidi sair do meu antigo emprego (onde a minha maior motivação era salário e colegas) e cair de cabeça na profissão mãe. Muito mais trabalhosa que o meu antigo emprego e, infelizmente, não remunerado, a não ser que contemos sorrisos, beijos, primeiros passos, primeiras palavras, primeira vez que sentou, que rolou, que engatinhou como remuneração, o que é incontestável. Apertamos o cinto em casa, mas encarei que o que eu não estava gastando com creche servia como consolo monetário, ataquei minhas magras economias e cai de cabeça. Foi ótimo, nunca senti um pingo de arrependimento e, é claro que voltar para o mercado de trabalho não está sendo fácil em todos os aspectos. Não ver mais meu filhote na maior parte do dia, não saber o que ele está fazendo nesse momento, e também conseguir o emprego que mais me agrada e que eu agrade o emprego também não é tão fácil. :-)
Agora eu o vejo de manhã, quando eu o arrumo e levo para a escola, não é fácil, me demanda uma bela dose de paciência e eu estou querendo muito ver se consigo arrumar outra maneira de faze-lo, ir para o trabalho de bike e alternar com outra pessoa para levá-lo para a escola ia ser ótimo. Vou tentar...
Colocar roupa é sempre um pouco trabalhoso, porque ele quer ficar em casa comigo e não quer ir para a escola, conversando e distraindo venço essa etapa, depois fazer xixi, depois tomar café que é sempre difícil também pois ele nunca quer nada de primeira (a não ser que eu fique doida e comece a dar chocolates e balas de café rsrsrs), mas no final ele bebe e come grande parte do que é oferecido. Depois descemos e andamos até o metrô, onde tem o ritual diário de andar em cima do murinho, e conversar com os grafites do muro, damos bom dia para o galo do metrô, vemos o trem partir do alto, damos tchau e entramos no próximo, depois de descermos as escadas. O caminho até a escola é mais complexo, pois envolve duas quadras e calçada estreita, movimentada e suja, falamos com os cachorros e gatos do caminho, cuidamos para não pisar em cocôs e baratas no chão, damos bom dia para os moto-taxis e finalmente chegamos no portão da escola onde nos despedimos calorosamente! UFA!
Agora vou embora para casa para encontrar meu príncipe!

Pérolas

Essa idade que ele está, 2 anos e 5 meses, é uma delícia, já domina a linga e fala as coisas mais fofas.
'Mamãe, eu te amo" já virou um clássico. :-)
Ele está a duas semanas sem usar fraldas, já não faz mais xixi nas calças, já pede para ir ao banheiro, mas nada ainda de cocô na privada ou penico. Só na fralda ou cueca.
Eu tenho conversado muito com ele sobre isso e recebo de feedback muito humor e observações espirituosas.
Quando eu falo que tem que fazer o cocô na privada e pergunto para ele: onde tem que fazer cocô? ele responde: na privada! - E aí continua: posso fazer na calça? Eu - Não! ele - posso fazer no teu cabelo? Eu: NÃO! Posso fazer no teu nariz? Eu: Não!! Ele (gargalhando) - posso fazer na tua boca? Eu (cara de nojo): Pelamordedeus não!!! rsrsrsrsr
Esses dias, depois de dois dias sem fazer o numero 2 eu estava falando que o cocô estava preso na barriga dele querendo sair, ir para a privada, ser feliz e livre.
Ele: O cocô esta na barriga? Quem é a mamãe do cocô? (Posso com isso?)
minha resposta: .... (silêncio absoluto).

Outra:
Sentado na privada, examinando suas partes íntimas e apontando para o saquinho:
Mamãe, isso é a cauda do meu peru.

Outra:
Relatando a guarda da bandeira pelos bombeiros:
A bandeira desceu pelo corrimão e foi dobrada pelos bombeiros.


Postando memórias

Na minha vida toda eu tinha uma certeza, ia ser mãe. o tempo foi passando e eu só fazia estágio de mãe com meu irmão, meus primos, filhos de amigas, mas nada de ser mãe por tempo integral. Somente com 35 anos que eu consegui realizar a minha realidade, fui mãe. E é a história desse meu menino lindo, inteligente sensível que quero relatar aqui, na esperança que eu ainda tenha acesso a essas informações depois de muitos anos, porque eu queria mesmo era escrever um diário em papel, muito mais seguro, mas como não tenho feito isso e ele já nasce a dois anos e meio (!), vou tentar via eletrônico mesmo, escrevendo meia horinha por dia.
Vou escrever um diário e, quando tiver inspiração escrevo coisinhas mais antigas, que eu ainda me lembre, porque a natura, na sua infinita sabedoria, faz as mães com memória muito curta, para esquecermos o cansaço, o sono, a irritação e assim, termos vontade de colocar mais um serzinho no mundo.
Ontem foi segunda feira e eu ainda estou me recuperando de um final de semana intenso, com aniversário do meu primo (14 anos), dia das crianças, aniversário da Nina pela manhã de domingo e aniversário do Francisco de tarde. E ontem depois do trabalho fui na minha vó, onde o Thales já se encontrava lá com meu pai e meu tio que havia recém chegado de Israel. Meu irmão chegou no sábado, mas não estava lá.
Hoje é dia dos professores, e por isso não teve aula nem hj nem ontem. Por isso ele está com meu pai e a babá, de tarde provavelmente vai ficar com a tia em copacabana, bastante agitação, vamos ver no que isso vai dar, provavelmente muito mal humor vai vir por ai proveniente do cansaço e falta da rotina.